Se descarrilassem todos os comboios
em direcção às goelas do Abismo;
Ou vos caísse uma bomba em cima,
mas uma por cada cabeça
não haja resistência
há que ter a certeza;
Se colidissem os hemisférios cósmicos,
num aglutinar de divina aniquilação,
E vos esfarelasse todos,
E vos calasse de vez,
Para que, enfim,
a todos calhasse um pouco mais de sabedoria.
Mas nada descarrila, nada cai, nada colide como deve ser – que é com o brio de um trabalho acabado.
Passeiam-se como baratas de quitina pétrea…
Era vê-las esmagadas contra o chão e contra o tecto ou contra outra coisa qualquer, desde que bem esmagadas e suplicando a sua minúscula vida de insectos.
É preciso explodir de Novo com tudo o que é velho e com tudo o que é novo mas sonoro ou argumentativo ou pensante,
E com a mesma violência da criação universal.
Sabeis
Sabeis bem isso,
sempre o soubeste desde o começo do Ínicio
Mas o umbigo interior engole-vos
num medo exclusivo da vossa própria morte:
- Que me salve sempre Senhor! Ámen
Se não acreditais na fertilidade da auto-destruição,
não mereceis contemplar o pó das estrelas nocturnas,
nem a frescura matutina da água
ou os rostos mortais das vossas Mães.
Sois apenas dignos de esmagamento - fissural e leproso.
É o que todos mereceis,
Todos excepto “eu”.
3 comentários:
retirei estes três do capítulo "Posse"
haha isto é ridículo "retirei do capítulo x"
coitadinha...
nada, de "coitadinha"... para já! Terás muito a lamentar se não me "amandares" isso como te ando a pedir há demasiado tempo...
hummmm que apocalíptica estais, senhora(e até me parece que te estou a ver, como se o declamasses, percebo-te o tom e o gesto).
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