quinta-feira, 24 de maio de 2007

Tempo :|


Infelizment sei que tu nao voltas atrás!

Sei que as lágrimas nunca me vão deixar.

A única coisa a fazer, acho que é te prolongar.

Mas será que isso irá dar?

Irá isso aliviar a tristeza que eu sinto ao ver-te passar?


Nao há mais nada que eu possa desejar,

sem primeiro te travar!

Um dia, dois, três e lá vais tu a passar.

Fica! Mas tu és tao ingrato que nem nisso podes pensar!

Eu faço tudo, mas por favor, pára d passar

e deixa-me aproveitar!


Aproveitar tudo o que é bom,

deixa-me aprender a brincar, a desejar, a amar!

Nao me deixes aqui sozinha. . .

Nao me deixes aqui perdida!

És bom demais para eu te abandonar.

Porque apesar de tudo, eu nunca te vou deixar.


Sara Vila-Chã *

quarta-feira, 23 de maio de 2007

CALHAU

Calhau. Um calhau
Tosco, feio, imperfeito.
Assim é um calhau...
Um calhau na praia
Rebolando com as ondas.
Todos somos calhaus
Rebolando por praias...
Calhaus. Somos todos calhaus
As ondas são os problemas
A maré é a vida
Ah…ah…ah…calhaus.
As ondas abatem-se sobre os calhaus
Os problemas também.
A maré avança galopando
A vida também
As ondas aumentam, os problemas também
Os calhaus afogam-se com as ondas
Uns resistem outros não
Calhaus…
A maré começa a diminuir…
A vida apaga-se…
Os calhaus partem-se e desaparecem…
Nós também…
As ondas diminuem
Os problemas não
Conclusão…
Somos calhaus que
Sofrem erosão das ondas
Até ao ponto que o
Calhau desaparece.
Foi desfeito pelos problemas
Engolido pelas ondas…
Mais calhaus menos calhaus…
A praia continua cheia…
Ninguém nota pela falta de um calhau
Sobretudo se ele for daqueles
Que fica por baixo de todos os outros
Cada vez são menos os calhaus
Calhaus somos nós…

O deserto da minha vida deserta...

Lá estava eu,
Um dia como outro qualquer
Toda a gente sentada e atenta
E eu nem isso estava sequer
Pensava no meu deserto
Um no qual nada se cultiva ou cava
Onde não existem oásis
Apenas ilusões e miragens
Nada neste deserto é real
Mas não deixa de ser fenomenal
O número de ilusões que nele encontro
Dos outros estas ilusões escondo
Quanto mais tento por
Estas miragens não ficar atraído
Mais agarrado a estas fico.
O que tem estas miragens de anormal?
Afinal de contas não são nada de especial
São ilusões como as outras
Ilusões de amizade
Sabendo que existe um traidor
Que pelas costas me apunhalou
E o punhal da traição nas minhas costas cravou.






Tiago Faria, 10ºC

quinta-feira, 17 de maio de 2007

O MEDO




Tenho medo!


Sim, medo de sofrer, vejo-me a perder-te, porquê???


Se te amo tanto, se luto por ti, segundo após segundo,


e só nos consigo ver num lugar sem fundo!


Tua atitude mudou, teu jeito simplificou e em mais um porquê na minha vida se tornou!


A tua ausência provoca feridas mais dolorosas que as próprias feridas carnais, como é possível? São tão profundas e incuráveis!


Teu jeitinho de menino meigo te abandonou e o teu coração num perdedor se tornou?!


Tenho medo de tua boca ouvir dizer aquelas palavras incrédulas...frias tristes e amarguradas " vai-te embora", " abandona meu coração, o teu amor sufoca-me"...


Nesse dia, quando ouvir de tua boca essas palavras, te virarei as costas e uma deus final cheio de lágrimas te direi!!!


O último aceno será para sempre, não mais meus lábios beijarás...nem meu rosto verás, nem tão pouco aquele meu perfume cheirarás... tudo, naquele instante, acabará.


O fim chegou inesperadamente a mim, sem eu querer, terminou e em mais um porquê na minha vida se tornou!


Amo-te, sim amo-te, mas essas palavras correram tudo que por ti sentia com é possível?


Mas, ao fim desse adeus, se quiseres lutar por mim será tarde demais. Eu terei encontrado outro rumo, noutro barco embarquei à procura da felicidade mútua... e encontrarei e um novo caminho. Longe de ti, seguirei...!!!


E, quando o adeus final surgir, pensa que eu já fui embora, já andei por caminhos certos e incertos, e não esperes mais por mim, porque tudo o que eu quero é um tempo para mim e sabes que vai ser inútil mudar o que faz parte de mim*


Só fica a vaguear, o medo do adeus definitivo... e de um amor perdido....“vagueador” de corações amargurados*






Tânia Gomes, 10ºA