Hoje em dia vivemos numa sociedade onde predominam pessoas endividadas até ao pescoço que passeiam os seus BMW e Mercedes, e os devotos fiéis que dizem “Ámen!” a tudo o que provenha de alguém que transmite mensagens da entidade superior e transcendente, o divino.
Quando passeamos pela rua, ou de carro, somos surpreendidos, ou não, por uma grande quantidade de carros que, não há muitos anos, eram considerados os carros que pertenciam aquelas pessoas mais abastadas. No entanto, nos nossos dias, muita gente quer ter aquilo que não pode, não estando apenas a referir-me aos carros, como também às casas e a outras coisas que deveriam ser “objectos” essenciais e não acessórios para expor ou tirar fotografias e colocar numa capa de revista, para poder competir com as tias de Cascais, de quem se dizem “amigos”. Tendo, por isso, surgido a classe dos novos-ricos, cuja definição deverá ser: pessoas que se encontram endividadas ou têm uma fábrica, que até lhes dá algum dinheiro e querem logo gastar em coisas que apenas servem para esconder o seu interior, ou para angariar supostos amigos com algumas posses, que não se relacionam com pessoas que não sejam da sua classe.
Outro problema da nossa sociedade reflecte-se, principalmente, na zona interior do nosso país. Se nós, do litoral, dizemos que o nosso país está parado é porque nunca olhamos para as aldeias onde há desertificação e a morte surge em cada esquina. Podemos também falar em retrocesso, pois desde os tempos de Salazar, a máxima defendida pelo país não é “Deus, Pátria e Família”, mas segue-se à luz (?) de não olhem para o que eu faço preocupem-se apenas com as vossas famílias e em ir à missinha ao domingo, que eu destruo o resto.
Pois é, em muitas aldeias do século XXI ainda não chegou a água, quanto mais a televisão, para permitir que as pessoas possam abrir um pouco a sua mente e não acreditar apenas no que o senhor padre diz, uma vez que ele é a única fonte de informação, que não permite a transmissão de 1/3 da informação que a nossa televisão pública permite.
Não critico directamente essas pessoas, que vivem isoladas do nosso mundo, acredito até que sejam muito mais felizes assim, do que a assistirem à desgraça que assola o mundo, onde só se vêem guerras, mortes, violência arbitrária, insegurança, terrorismo - Critico, sim, aqueles que não permitem que a informação lhes (?) possa chegar, porque lhes é mais conveniente, porque lhes convém a existência de um grande número de pessoas ignorantes e analfabetas, pois são mais fáceis de manipular.
Eu interrogo-me como é que é possível, em pleno século XXI, considerado século de avanço, não só tecnológico como também das sociedades, existirem mentes tão retrógradas e tão fechadas como as da grande parte dos portugueses.
Como é possível a existência de pessoas que acreditam que aquilo que mostram ter e ser é mais importante do que aquilo que realmente têm e são? Como é que ainda há pessoas que aparentam ter umas palas idênticas aquelas que são usadas nos cavalos que não permitem ver para os lados e apenas permitem seguir em frente com as suas convicções ultrapassadas pela modernidade? Temos um país que vive de aparência e não consegue encontrar o seu rumo, apesar da grandeza do passado ter traçado a predestinação para a glória que continuamos a aguardar. Só com uma vontade colectiva forte conseguiremos vencer.
Quando passeamos pela rua, ou de carro, somos surpreendidos, ou não, por uma grande quantidade de carros que, não há muitos anos, eram considerados os carros que pertenciam aquelas pessoas mais abastadas. No entanto, nos nossos dias, muita gente quer ter aquilo que não pode, não estando apenas a referir-me aos carros, como também às casas e a outras coisas que deveriam ser “objectos” essenciais e não acessórios para expor ou tirar fotografias e colocar numa capa de revista, para poder competir com as tias de Cascais, de quem se dizem “amigos”. Tendo, por isso, surgido a classe dos novos-ricos, cuja definição deverá ser: pessoas que se encontram endividadas ou têm uma fábrica, que até lhes dá algum dinheiro e querem logo gastar em coisas que apenas servem para esconder o seu interior, ou para angariar supostos amigos com algumas posses, que não se relacionam com pessoas que não sejam da sua classe.
Outro problema da nossa sociedade reflecte-se, principalmente, na zona interior do nosso país. Se nós, do litoral, dizemos que o nosso país está parado é porque nunca olhamos para as aldeias onde há desertificação e a morte surge em cada esquina. Podemos também falar em retrocesso, pois desde os tempos de Salazar, a máxima defendida pelo país não é “Deus, Pátria e Família”, mas segue-se à luz (?) de não olhem para o que eu faço preocupem-se apenas com as vossas famílias e em ir à missinha ao domingo, que eu destruo o resto.
Pois é, em muitas aldeias do século XXI ainda não chegou a água, quanto mais a televisão, para permitir que as pessoas possam abrir um pouco a sua mente e não acreditar apenas no que o senhor padre diz, uma vez que ele é a única fonte de informação, que não permite a transmissão de 1/3 da informação que a nossa televisão pública permite.
Não critico directamente essas pessoas, que vivem isoladas do nosso mundo, acredito até que sejam muito mais felizes assim, do que a assistirem à desgraça que assola o mundo, onde só se vêem guerras, mortes, violência arbitrária, insegurança, terrorismo - Critico, sim, aqueles que não permitem que a informação lhes (?) possa chegar, porque lhes é mais conveniente, porque lhes convém a existência de um grande número de pessoas ignorantes e analfabetas, pois são mais fáceis de manipular.
Eu interrogo-me como é que é possível, em pleno século XXI, considerado século de avanço, não só tecnológico como também das sociedades, existirem mentes tão retrógradas e tão fechadas como as da grande parte dos portugueses.
Como é possível a existência de pessoas que acreditam que aquilo que mostram ter e ser é mais importante do que aquilo que realmente têm e são? Como é que ainda há pessoas que aparentam ter umas palas idênticas aquelas que são usadas nos cavalos que não permitem ver para os lados e apenas permitem seguir em frente com as suas convicções ultrapassadas pela modernidade? Temos um país que vive de aparência e não consegue encontrar o seu rumo, apesar da grandeza do passado ter traçado a predestinação para a glória que continuamos a aguardar. Só com uma vontade colectiva forte conseguiremos vencer.
Melânia, 11ºB
3 comentários:
Bom, Melânia... o sentido crítico, a reflexão, estão lá... contudo, falhas naquele "aspectozinho" que te é comum: queres dizer tudo de uma vez, qual furacão a levar tudo à frente, e atropelas o teu próprio discurso.
Tens frases excessivamente longas, por vezes com falhas na articulação de ideias distintas... no discurso oral podes fazer pausas e dar entoações... na escrita, tudo deve estar articulado dentro da lógica interna do discursos e das regras fixas das frases.
Gostei muito do trocadilho do título.
Gostei muito do texto.Está criativo e claro.Frases longas não são defeito ,quando se compreende a mensagem.O título expressa um espírito crítico apurado e a exploração ideológica está presente no texto, demonstrando cultura geral e relação com obras lidas.O comentário anterior revela uma análise superficial do corpus textual.
Apenas gostaria de esclarecer a Silvina, do comentário anterior, que destaquei, se soube ler o meu comentário, o "sentido crítico, a reflexão".
Quanto à estruturação das ideias, devo dizer que o texto foi postado, com as correcções, nomeadamente, as da pontuação, um aspecto primordial na articulação das ideias e clareza do discurso.
Isto é um processo, uma aprendizagem...
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