terça-feira, 5 de abril de 2011

Poemário

Houve um poemário que ficou pelo caminho, esquecido, o pobre, entre os afazeres e canseiras.
Há tempos em que a poesia fica esmagada pelo peso dos dias... e os dias que atravessamos presentemente têm-nos roubado a poesia que povoa o dia-a-dia. Mas nós resistimos.

A Catarina trouxe, a propósito de FRUTA, este belo poema da desconhecida Lídia Borges:





No desencontro da luz
Eram as romãs
Os brilhos rubros da noite
Partículas promissoras
Nas margens de um tempo novo
Sementes inumeráveis
Em chão inóspito, talvez

Porém a renovação,
O princípio, terra fecunda
A fazer vingar o fruto
À revelia de um destino
A cru e negro
Imiscuído de velhos
E gastos vaticínios
De falsos profetas



Retirado do blogue da autora: http://searasdeversos.blogspot.com/ 


E a palavra para final do período não poderia ser outra: FIM

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